Valsa suburbana
No muro a hera,
se calcinada,
se regenera,
e flore tão ela,
tão rente ao que era,
como se não houvesse
na hera a morte,
na morte
a primavera.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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As 30 peças de Os acasos persistentes compõem um dos mais consistentes e bem realizados mosaicos de nossa poesia recente. Herdeiro do rigor cabralino, mas desdobrando-o em territórios diversos dos percorridos por João Cabral, Cláudio Neves elabora um livro em que os poemas se encadeiam e se encandeiam em torno da temática amorosa, alimentados pela memória no seu intérmino embate contra a dissipação e a morte. Cláudio afirma, num dos (muitos) belos versos da obra: “dizemos ser à falta de outro nome”. Como todo efetivo criador, ele sabe que a poesia é o reino de assédios e aproximações que jamais se concretizam, pois sempre hão de faltar nomes para estancar a sede do artista.
Antonio Carlos Secchin
3 comentários:
(O Blogue "A Dispersa Palavra" atribuíu ao Blogue "De Sombras e Vilas" o Prémio Dardos. Costuma ser
hábito a afixação do respectivo selo e a nomeação de novos 15 Blogues)
Muito obrigada pela sua visita ao meu "Ortografia". Claro que vou querer um livro seu se tem a amabilidade de mo oferecer... Peço ao Victor para servir de intermediário entre nós...
Um abraço. Vou linkar o seu blog
Cheguei ao seu blog, finalmente. Vou linká-lo no meu.
Adorei o poema, conciso e profundo.
Grande abraço
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